sábado, 21 de agosto de 2010

- Logo de cara


De onde você vem? Quem vai te levar? Quem te faz sorrir? Quem te faz chorar? Qual será seu nome? Quantos seus amores? Você me faz imaginar...
Te vejo de longe, quero chegar, algo não deixa eu me aproximar. Você ilumina todo o lugar e eu quero mais.
Quais são suas cores? Quais são seus desejos? Quem são seus amigos? Quais serão seus medos? O que faz de dia? O que faz de noite? Você me faz imaginar...
Te vejo distante, vou te falar todas as coisas que você me fez pensar. Você ilumina todo o lugar e eu quero paz.

(Kiko Zambianchi / Marcelo Rubens Paiva)

sexta-feira, 9 de julho de 2010

- A Lista



Faça uma lista de grandes amigos
Quem você mais via há dez anos atrás
Quantos você ainda vê todo dia
Quantos você já não encontra mais...
Faça uma lista dos sonhos que tinha
Quantos você desistiu de sonhar!
Quantos amores jurados pra sempre
Quantos você conseguiu preservar...
Onde você ainda se reconhece
Na foto passada ou no espelho de agora?
Hoje é do jeito que achou que seria
Quantos amigos você jogou fora?
Quantos mistérios que você sondava
Quantos você conseguiu entender?
Quantos segredos que você guardava
Hoje são bobos ninguém quer saber?
Quantas mentiras você condenava?
Quantas você teve que cometer?
Quantos defeitos sanados com o tempo
Eram o melhor que havia em você?
Quantas canções que você não cantava
Hoje assobia pra sobreviver?
Quantas pessoas que você amava
Hoje acredita que amam você?

(Oswaldo Montenegro)

segunda-feira, 28 de junho de 2010

- Mais um ano que se passa...


...Mais um ano sem vocês.
Aniversariar é, acima de tudo, olhar para o passado e ver tudo o que se foi. E sentir saudade de cada pessoa que não é mais tão próxima, cada uma daquelas que você jamais desejou se separar, mas que os anos se encarregaram disso. Aquelas que você gostaria de ter à sua volta com o mesmo calor de outrora.

Já não tenho a mesma idade,
envelheço na cidade...
E crescer. Sentir que já não pode mais fazer as mesmas coisas, que as pessoas não te veem mais da mesma forma. Que a cada ano você deixa para trás um pedaço de si, mas a essência permanece para que se criem novos pedaços que constituirão os anos seguintes.

Essa vida é jogo rápido
para mim ou pra você
E percebemos que o tempo é realmente algo efêmero. Os anos passam, as pessoas amadurecem, modificam-se e morrem. O "tudo" consiste nesse ínterim. Cheguei aos vinte e dois ainda presa aos quinze. Acho que o tempo correu à minha frente.

Mais um ano que se passa,
e eu não sei o que fazer
E tememos que os anos nos modifique e molde à sua maneira. Tememos perder a inocência ou ficarmos demasiadamente racionais. Tememos crescer.

Juventude se abraça,
se une pra esquecer
Mas enquanto tivermos com quem se unir e a quem amar, que os anos passem, que envelheçamos!

Um feliz aniversário,
para mim ou pra você
Porque todos nós passaremos pelas mesmas fases, de uma ou outra forma.

Feliz aniversário,
envelheço na cidade...

Meus amigos, minha rua...
As garotas da minha rua...
Não os sinto, não os tenho,
Mais um ano sem vocês
Os rostos que me passaram pela infância já são vultos. As vozes, sons indefinidos. A casa em que morei já não existe, a rua é modificada. Ninguém mais se lembra de ninguém. Parece que já tenho cinquenta anos, mas não. É que as pessoas se esquecem com um curto intervalo de tempo. Mas existem outras que são indeléveis, e essas ficarão até o fim.

As garotas desfilando,
os rapazes a beber
Um dia tudo o que achávamos divertido perde a graça, e por isso achamos que estamos velhos. Mas será que realmente teve graça um dia certas futilidades? Ou por conta delas perdemos aquilo que realmente importa?

Já não tenho a mesma idade,
não pertenço a ninguém
É aquela história do "estar só em meio a uma multidão", do querer ter alguém com quem envelhecer junto.

Mas chega dessa palavra, envelhecer. Olhando pelo lado bom, foi um ano de experiências adquiridas, de risadas com os amigos, de lágrimas bobas e de histórias para contar. E um ano novinho começou para mim, com todas as suas promessas. Aproveitar enquanto é tempo! E há muito tempo ainda!

Um feliz aniversário para mim ou pra você...

(Música do Ira!, Envelheço na Cidade)

segunda-feira, 14 de junho de 2010

Pra frente, Brasil!


Ruas pintadas, bandeiras, camisas e as cores de nossa Pátria por todos os lados.
Copa do mundo...
O acontecimento que, de quatro em quatro anos, faz com que o brasileiro lembre de ser brasileiro. Mas e antes? E depois?
Vestir a camisa e morrer de orgulho pela Pátria é lembrar de nossos compatriotas que passam fome? De nossas crianças que não têm acesso à educação? E quanto aos jovens viciados, à pobreza, ao desvio de verba pelos políticos? Uma boa pedida seria ir de verde e amarelo às urnas e não se limitar às pesquisas, mas pra quê? O Brasil nunca vai mudar mesmo, não é? Mas sempre dá-se o famoso jeitinho brasileiro...
Pois bem... Não é que eu seja contra a comemoração — embora torça para Portugal, eu não deixo de assistir aos jogos, torcer e gritar pelo Brasil, se necessário, chorar também. Mas o ufanismo, comigo não rola. Não consigo esquecer que, enquanto eu estou assistindo ao jogo embaixo das cobertas, há uma quantidade bem considerável de crianças sofrendo com o frio desse inverno.
Ah, Jéssica, para de ser chata e curte o clima da copa!
Não consigo, cara, juro que tento, mas não consigo. A minha hipocrisia não chega a ser tão grande para amar a Pátria só de quatro em quatro anos, quando o Brasil mostra o melhor que tem.
Mas enfim...
Foi só um desabafo. Boa sorte para o Brasil =)
E vamos às urnas!

domingo, 23 de maio de 2010

- Mudam-se os tempos...









Mudam-se os tempos, mudam-se as vontades,
Muda-se o ser, muda-se a confiança:
Todo o mundo é composto de mudança,
Tomando sempre novas qualidades.

Continuamente vemos novidades,
Diferentes em tudo da esperança:
Do mal ficam as mágoas na lembrança,
E do bem (se algum houve) as saudades.

O tempo cobre o chão de verde manto,
Que já coberto foi de neve fria,
E em mim converte em choro o doce canto.

E afora este mudar-se cada dia,
Outra mudança faz de mor espanto,
Que não se muda já como soía.

(Camões)

Mudar é necessário...
Tudo se renova todos os dias: As coisas, as pessoas, o Universo, os sentimentos, as vontades...
E geralmente é bom mudar, crescer, trilhar novos caminhos...
Geralmente...
Eu não sei lidar com mudanças.
São quase vinte e dois anos de lembranças, umas mais apagadas, outras ainda queimam. São saudades das viagens de família, das risadas com os amigos, e até das lágrimas bobas da adolescência. Saudades daqueles que já se foram deste mundo, e daqueles que já se foram de mim.
As lembranças são muitas: Um fim de tarde à beira do mar, uma festa de aniversário de poucos anos, uma gargalhada de trazer lágrimas aos olhos, um abraço no banheiro da escola após uma crise ferrada de choro... Outros tantos abraços chorosos, daquelas pessoas que você sabia que estavam ao seu lado... E que, de fato, continuam. Ah, as lembranças inscritas nos diários da adolescência inteira, aquelas que nós escrevemos chorando e relemos rindo, xingando talvez. A lembrança daquela pessoa que perdemos por culpa nossa...

E por todos os lados eu vejo mudanças, e elas não são ruins. Eu diria que são difíceis de lidar.
Afinal, eu também mudo. Todos mudam. Tudo muda.
Tudo passa sobre a terra...

terça-feira, 13 de abril de 2010

- Resoluções


Cansei destas máscaras.
A partir de amanhã eu vou falar o que eu quiser, na hora que eu quiser. Eu vou chorar quando eu bem entender, sem dar notas dos motivos pelos quais as minhas lágrimas caem. A partir de amanhã eu vou parar de sorrir para aqueles que não me agradam e vou dizer com todas as letras: "Não gosto de você". Eu vou parar de fazer os mesmos passos calculados de volta para casa, de pegar o mesmo ônibus. Eu vou me libertar, voar, fugir...
E eu vou deixar de acreditar que o Amor (ou coisa que o valha) é uma experiência boa, vou me resignar... Vou deixar que o vento seque as minhas lágrimas, e, principalmente, não sentirei vergonha por tê-las derramado. Vou abrir as portas do meu coração, vou gritar o que se prende à minha garganta. Vou me entregar ao acaso, vou esvaziar a minha mente, vou me prostrar, tremendo de cansaço.
E talvez reeducar o meu coração.

sábado, 10 de abril de 2010

- Blogcídio

É bem verdade, assassinei o blog antigo sem dó. xD
Acho que eu estava um tanto cansada das lamentações que, de tão usadas, ficaram rotas.
A quem interessar, temos aí um espaço totalmente novo.

Sem mais delongas...